segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

domingo, 4 de dezembro de 2016

True blue

tô no azul tô no fio na ponte na corrente no fluxo no relógio corre a hora exata não perdi o fio da meada não voei amarrada não ancorei o barquinho não saltei pra nunca mais tô no céu no fio que conduz o olhar ao horizonte na linha imaginária que recolhe os suspiros dos que se deixam conduzir / não há fim pois não há início é tudo azul do mar ao céu o vento bate no rosto e desata o medo amarrado em nós / a menina que numa tarde roubou o livro do seu pai (um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir) é a mulher que carrega o símbolo do infinito no pescoço não há fim nem início uma leva à outra como o mar leva ao céu como o céu leva Amar